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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Em mim não acredito e de Deus desconfio






O Cosmos de meu avô João

era toda a terra em que à luz das estrelas

semeava pão


O meu

é todo o espaço-tempo

em que planto poemas

eivados de dilemas

e de contrição

 

Cosmos infinito

mas pequenino

o meu!

 

Do tamanho do silêncio

indiferente

de Deus

 

Magistério de mistério

que professo como monge

porfiando poesia

 

A gritar poemas sem tino

e a acenar

a acenar

na esperança de que alguém

me virá salvar

 

Se é que não ando a deitar

tudo a perder

 

Em mim não acredito

e de Deus desconfio…

que só Ele

me poderá valer

 

Vale de Salgueiro, 24 de Outubro de 2007

Henrique António Pedro

 ção, Outubro de 2013)

6 comentários:

  1. Sim poeta, só mesmo Deus para iluminar nossa estrada. Nossos passos sempre são guiados por Deus, porque nem uma folha de uma árvore não cai, se ELE não quiser...Parabéns pela bela poesia! Um abraço

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    1. Sim, ilustre poetisa Neusa. Essa é a leitura correta deste poema. Grato.

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