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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Despeço-me. Adeus!



Agora sou verdadeiro
sou o que pareço

Já não morro
já não vivo

Não choro
nem rio

Não gozo
não sofro

Já nada faço aqui

Já voo outros céus
em círculo
respiro outros ares
a arfar
navego à vela noutros mares
distante das tempestades

Já vivo o que nunca vivi
não sou mais “eu”
nem sofro o que sofri

Sou agora um todo
inteiro
a sonhar

De mim
sem demora
me despeço
e me apresto
para a mim
breve
voltar

Em cada instante parto
de mim me aparto
e regresso a mim


Despeço-me. Adeus. Até ao meu regresso.

2 comentários:

  1. Poesia subliminar. Vida além da vida, nesta vida. Agradeço a sua visita, distinta amiga Celeste e a amabilidade das palavras. Abraço.

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