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domingo, 17 de março de 2013

Sempre que Deus trabalha fora de horas




 Sempre que Deus trabalha fora de horas

Sempre que Deus trabalha fora de horas

a reescrever o poema da Criação

à luz das velas que são as estrelas

também eu sinto e pressinto

em meu coração

que a divina meditação

se reflecte em mim

 

A noite cai em silente silêncio

pura quietude de feérica beleza

um manto de virtude intemporal

estende-se por sobre a Natureza

e o Firmamento brilha

de um brilho sobrenatural

 

Pela janela do Cosmos

que o Criador deixa entreaberta

sopra o vento do sofrimento da Humanidade

orações de mil corações

que fazem as estrelas bruxulear

 

Acalma-se então a alma de uma doce soledade

o espírito voa Universo fora

toma conta da razão o doce dilema da inspiração

acende-se uma vela de verdade na eternidade

 

É a hora a que o poeta desperta

e começa a sonhar

um sonho inexplicável

 

E acrescenta pela mão de Deus

um verso simples dos seus

ao poema admirável da Criação

 

Vale de Salgueiro, quinta-feira, 16 de Outubro de 2008

Henrique António Pedro


in Introdução à Eternidade (1.ª Edição, Outubro de 2013)