Um vendaval
atado a um tronco
com os membros
enraizados no meio do mundo
e a cabeça no ar
a voar
é o que sou!
Um ciclone engarrafado
um oceano aprisionado
num vaso sem fundo
Uma angústia larvar
que me revolve por dentro
lastro do pensamento
que me impele a sonhar
Sou um vento do sentimento
que não para de soprar
Ah! Se eu pudesse parava de pensar
deixava de me angustiar
E limitava-me
tão só
a amar