Nunca
pretendi mudar
o mundo
Ouso ir
mais além
ao mais fundo
de mim
distender
a vida
demover a
morte
ainda
assim
Vencer
fantasmas do passado
quimeras
do futuro
sobreviver
às tempestades do cérebro
às
catástrofes do coração
libertar-me
da guerra e dos corifeus
da Terra
Acertar
o meu tempo
pelo
tempo da eternidade
e
mergulhar
Lançar
um laço de razão
um grito
de angústia
a um
ponto fixo no infinito
e com um
pouco de sorte
enlaçar-me
a Deus
Ainda
que não saiba como nem quando
aonde
irei parar
e em que
tempo
do
destino
Não há
outro caminho
senão continuar
por mim
a dentro