Já não é
mais a flor amorosa
viçosa
perfumada
A rosa
inflamada
pelo desejo
despótico
que
germinava
no húmus
erótico
do seu
corpo juvenil
Já nem ela
sorri
só de se
lembrar
É agora uma
rosa estiolada
que
seguro pelo pé
já sem
fé
com
cuidado
contudo
Não com
medo de ser picado
mas
porque sei
que o
mais delicado
movimento
o mais
suave sopro de vento
a fará
despetalar
Foi o
sopro
o cicio do
tempo
perdido
o cio
que
colocou no vazio
do meu
coração
as
pétalas do esquecimento
Inexoravelmente
Já as
pétalas lhe caem aos pés
Já nem
eu sou
o que
fui
É cruel
mas é
Até
sempre