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sábado, 5 de novembro de 2016

Não são as lágrimas dos homens que alagam a Terra




Não são as lágrimas dos homens
nem o seu suor
que alagam a Terra
transbordam os rios
e fazem subir o nível do mar

Nem é o seu temor
o bater dos seus corações
que a faz tremer
nem a sua febre
a sua ansiedade
que a faz aquecer
e secar

Tão pouco é o sopro do amor
que levanta ventos e tufões

São a ganância
a arrogância
a insana vaidade
a traição
a exclusão
a insaciável sede de prazer
a vã glória de mandar
o deliro do poder
a vertigem de mentir
a tentação de matar
a loucura da guerra
a febre de competir
que destroem a Terra
e tudo deitam a perder

Já é tempo de parar