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domingo, 14 de outubro de 2012

Poema da morena

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Não tenham pena

da morena

por não saber ler

que a morena

sabe escrever

e dizer

melhor

que ninguém

 

Escreve poesia

como nunca li

que deleita

e sabe bem

 

De noite

ou dia

quando anda

quando fala

quando dança

quando canta

se deita no leito

no perfume que exala

ou simplesmente sorri

 

Cada trejeito

seu

é um verso

um universo

de bem escrever

que faz o jeito

meu

 

E seu corpo é um poema

de poesia de encantar

que só mesmo a morena

sabe como declamar

 

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sábado, 13 de outubro de 2012

Rosas remanescentes

 

Rosas remanescentes

 

A quinze de Outubro

dia do teu aniversário

caminharemos mais uma vez de mãos dadas

gozando os derradeiros raios de sol do dia

que inunda todo o espaço com poesia

neste mês de Brumário

 

Rosas remanescente das roseiras raras

que trataste com enlevo na Primavera

continuam a “rosir” iluminando de cor os canteiros

como se fossem sorrisos permanentes

 

A lembrar-nos que a vida será um amor eterno

se assim quisermos

mesmo que saibamos que já não somos adolescentes

e que caminhamos para o Inverno

 

Quando já as romãs sorriem de contentamento

desafiando os ouriços nos castanheiros

e só os pinheiros e as oliveiras continuam folheadas

porque o seu verde é perene

 

Todas as demais árvores

já se despedem das folhas amarelecidas

sem lamento

entristecidas de tristeza estreme

porque em breve serão despidas pelo vento

 

Como os diospireiros surreais já completamente desnudados

feericamente emoldurados de vistosos dióspiros

encarnados

carnais

condenados a apodrecer dilacerados pelos pardais

como se fossem inconsequentes suspiros

dependurados ao tempo

teimando em não morrer

 

Eu quero que estes efémeros momentos

de amor aberto e suave alegria

fique melhor registado que numa máquina fotográfica

ou numa câmara de cinema

 

Prefiro usar o dom da poesia e gravá-lo em poema

que para lá da imagem e do som

melhor regista afectos e sentimento

 

 

Vale de Salgueiro, segunda-feira, 6 de Outubro de 2008

Henrique António Pedro


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Futuro de ontem, passado de amanhã.

 

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Vivo a pensar

no presente

no passado

no futuro

e vivo para lá retornar

 

Não sei se ao futuro

esquecido

se ao presente

sofrido

se ao passado

recordado

 

Vivo de sonhos

de lembranças

de esperanças

das sensações que a cada momento

o mundo me causa

sem pausa

de pensamento

ou sentimento

 

Não foi igual ao de anteontem

o meu futuro de ontem

 

Nem o meu futuro de hoje

será igual ao de amanhã

nem o de amanhã

será igual ao de depois de amanhã

 

Nem o meu futuro do futuro

será igual ao futuro

 

Só na minha mente malsã

o futuro de ontem

será o passado de amanhã

 

Futuro eu

que não sei que futuro

Deus me deu

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A florir no devir



A florir no devir

 

Qual árvores enraizadas nos corpos arraigados à terra

que voam pelo universo agarrados ao planeta mãe

 

De ramos a roçar as estrelas

agitados pelo sopro

do vento

do além

 

Vivificados pela dor

e pelo amor

verso do desgosto

que embriaga como vinho mosto

 

É por aí

por aqui

por além

por dentro do meu sentir

que eu vou

e voo também

 

A florir no devir

 

Vale de Salgueiro, segunda-feira, 8 de Outubro de 2012

Henrique António Pedro



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Deixei de querer agarrar a Lua

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Deixei de querer

agarrar a Lua

porque me dizem

que tal

é uma estupidez

 

Mas acreditem que não desisti

de vez

 

Como também não deixarei de fitar

o Sol

só porque me disseram

que posso cegar

 

Fugirei, porém

de me apaixonar

só por querer amar

mais e mais

 

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