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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Éter e eternidade




Nem sempre só
e em silêncio
me sinto em solidão

Ruídos remanescentes
impedem-me de acordar
do vivo torpor
que é a vida

Os afectos que me ligam ao mundo
impedem-me de mergulhar
mais fundo

Ainda assim, no silêncio
melhor ouço o coração respirar
e o espírito mais livre a arfar
de amor

Mas só no silêncio
e na solidão
conheço o sucesso
e tenho acesso
ao meu ser

Só em silêncio
e na solidão
navego no éter
rumo a eternidade

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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

É a poesia que me desperta




Que desejo
que dilema
que prazer de encantar
me fazem assim sonhar
despertado por um poema
em poesia a florir?

É a saudade dela
nua
dos seus beijos ardentes

É a Lua
coberta
de docilidade

São as estrelas luzentes
reflectidas no seu olhar
que assim me fazem fruir

Fazer amor com ela
de janela aberta
banhados pelo luar
me desperta

Não consigo mais dormir

Que desejo
que dilema
que saudade
que prazer de encantar
me fazem assim vigilar?

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Melhor é amar sem dar pelo tempo passar




As folhas do calendário
são o nosso fadário

Registam os dias
os meses e os anos
as alegrias
os enganos
o sofrimento

Os relógios contam as horas
as demoras
da felicidade a chegar

Não há tempo a perder
melhor é esquecer
parar de sofrer
e amar
sem dar  pelo tempo
passar

(FELIZ 2013)


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domingo, 30 de dezembro de 2012

A minha ambição maior




A minha ambição maior
é expressar
este poema permanente
que trago no coração
desde sempre

Ousar
não morrer
sem antes alcançar
a iluminação

Fora da disputa
demente
da política e do poder
da história e da glória
da própria religião
se necessário for

Com prioridade absoluta
Para a verdade
e o amor

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Quando a Língua floresce em palavras




Quando a Língua floresce em palavras
dá  frutos que são poemas

Muitas vezes envoltos em mil dilemas
em desejos que assomam à flor da pele
em suores frios de angústias e medos
que enquistam em penedos
obscenos
na Razão
e se transformam em instrumentos
de opressão

Mas eu quero que a minha poesia
seja libertária
de libertação

Que seja poesia de amor e de alegria
que floresça na serra como a urze
e o rosmaninho
que perfumam o caminho
e defendem os solos da erosão

Que enfeite os campos como a candelária
e rasgue com luz
a escuridão

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