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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sonho e sinto saudade


 

 

Não tenho tempo
presente
passado
nem idade

Apenas sinto
saudade

Não tenho futuro
obscuro ou risonho

    Não tenho espaço
nem sei o que faço

Apenas sonho

Não sei que coisas são paixão
rancor
penas
ou compaixão

Vivo no universo da fantasia
o mundo da poesia

Apenas sinto
amor

sábado, 31 de janeiro de 2015

Poesia que sinto e não escrevo


 

Passa nas nuvens
nos sonhos
nos desejos
a correr
fugaz

Sob mil formas de amar
e de sofrer
de vento
e de contratempo

A poesia que sinto e não escrevo

Porque não sei
não quero
não tenho tempo
ou não sou capaz

A poesia que sinto
e não sei escrever
é angústia
é tormento

Epifenómeno do meu viver

sábado, 17 de janeiro de 2015

A mim não me importa o que escrevo


 

 
A mim não me importa o que escrevo
nem se o faço no vento
na água
no tempo
ou noutro meio qualquer

 
Muitas vezes nem sei o que digo
o que faço
ou semeio sem querer

Importam-me sim
as mil coisas que outros leem
naquilo que eu escrevo
com enlevo

Cada um à sua maneira
seja qual for sua cor
ou sua bandeira

A mim
basta-me pensar
que cada novo verso

que eu publicar
por mais bisonho
abre um novo universo
que alguém irá povoar
de sonho

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O AMOR COMO O FOGO


 
 
Percebemos o fogo
como algo exterior aos corpos
que os queima
os consome
e reduz a cinza

Na verdade
o fogo
está neles

É o Sol aprisionado
que se liberta
na combustão

Percebemos o amor
como algo que nos é exterior
se apodera de nós
e nos transforma

Mas não
o amor está em nós

É centelha divina
que se liberta
e retorna a Deus

sábado, 10 de janeiro de 2015

Plantando poemas


 

 

O meu exercício predilecto
que faço com agrado e afecto
é plantar um poema
com a pena
ou com o teclado

Ou simplesmente com a pá
quando escavo o húmus da vida
e planto árvores
sorrisos e abraços
por todo o lado

Uma tília perfumada que seja
um pé de chá
ou uma chávena de café
simpatia que se veja

E o odor da infusão
e a força da fé
penetram fundo no meu coração
me transmitem calma
e me deixam a alma
consolada