(Epigrama)
A um
amigo do peito
com
faceta de poeta
e o
seu quê de machista
que a
legítima benquista se diverte a judiar
pergunto
eu a preceito
e na
hora certa:
«- Porque
não trocas de mulher?!
Tens
muito por onde escolher
e
uma poetisa de génio vinha-te mesmo a calhar»
Responde-me
ele de pronto
nada
tonto
e sem
se desmanchar:
«-
Porque não encontro outra igual
e
mal por mal
melhor
será com esta ficar.»
«Depois
já não tenho paciência
nem idade
para
outra mulher ensinar
e esta
já domina a ciência de bem me aturar»
«E,
para quê mentir?
Desta
iria sentir uma infinita saudade»
Vale
de Salgueiro, quarta-feira, 28 de Julho de 2010
Henrique
António Pedro
