Abro
o livro e leio
o
meu espírito espevita
Ouço
a voz seca de Séneca
que
em seu douto pensamento
há
séculos
ao
vento
grita:
“Deixarás
de ter medo quando deixares de ter esperança.”
É
a mim que me ouço qual criança em desassossego
À
luz do dia em agonia
perco
a esperança
já
medo não sinto
mais
a minha alma anseia
No
escuro melhor me escuto e me vejo
mais
claro é o que procuro
e
o que desejo
E
no silêncio da ideia
em
mim renasce
divino
enlace
Abro
o livro
leio
e
releio “A Noite Obscura” de João da Cruz
É
na escuridão mais escura
que
a alma mais luz
Henrique
António Pedro, Vale de Salgueiro
3
de Fevereiro de 2008
