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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

A rosa de Saron


Naquele palácio agora vazio

de paredes indignadas de silêncio

e martírio

 

Pedras chagadas pelo tempo

e pelo vento

pela areia que medeia novo tormento

cobiça de fantasmas

que se alimentam de miasmas

a gemer

 

Havia tapeçarias

e archotes a arder

bailarinas

e cisternas de águas cristalinas

 

Ali

fui principe e fui rei

essénio e soldado

enamorado

 

Ali matei e morri

e amei, amei, amei

 

Ademais

renasci

 

Ali

a rosa de Saron

o lírio dos vales

bálsamo de todos os males

se enraizou no meu peito

e não mais parou de florir

 

E Massada não cairá nunca mais

 

Jamais!

 

Vale de Salgueiro, quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

Henrique António Pedro