In Mulheres de amor inventadas (1.ª Edição, Outubro de 2013)
Fito o Sol de frente
na alvorada
no ocaso
e pelo meio dia
correndo o risco de cegar
para tentar perceber
a fantasia
do seu olhar
Como posso estar certo de que me sorri
se o véu de seda celeste
que lhe tapa o rosto
também lhe cobre o corpo
e o seu sorriso
não tem som?
Leio o tom do seu pensamento
no esvoaçar do véu
que segura na mão
e esvoaça ao vento
a dançar
sem mostrar o coração
Ouço-a cantar
com voz de encantar
não percebo o que me diz
Continuo à espera
desperto
que se dispa para mim
Em pleno deserto!
Vale de Salgueiro, quinta-feira, 13 de Agosto de
2009
Henrique António Pedro