Sou caos e sou cosmos
o mundo em que tudo existe
acontece
persiste
e desaparece
O lugar onde amor
e dor
coexistem
cobertos pelo véu
da vida
sentida
O espaço em que giram as galáxias
e os universos conhecidos
e os que estão ainda por descobrir
O céu onde as estrelas brilham
os ventos sopram
troam trovões
e palavras se concertam em versos
e poemas
O hiperespaço em que aconteço
e me mereço
sem saber que pensar
que dizer
o que fazer
a não ser
caminhar apressado
pé ante pé
Sou o mundo em que batem corações
e se levantam todas as questões
e dilemas
Aqueles que ninguém entende
ou não têm resposta
nem dentro de mim
nem fora de mim
O caos e o cosmos são a minha alma
que em angústia se desalma
É o tempo
o templo da alegria
em que se acende a chama da minha Fé
e se transcende
em Jesus Cristo e na Virgem Maria
Vale de Salgueiro, quarta-feira, 25 de Novembro de
2009
Henrique António Pedro