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domingo, 26 de abril de 2020

E se eu lhe chamar “filho da mãe”?




(Para todos os políticos que governam este País, com excepção de dois ou três a quem conheço as mães.)

Fica desde já assente
Que tu
Não és tu que me lês

É um outro qualquer
Poderá mesmo ser
Quem tu quiseres

Mas eu sou eu
Porque poeta que se preza
Finge
Mas não foge
Nem mente
Nem sacode a água do capote

Tu vais-te zangar comigo
E poderá acontecer que na passada
Eu me zangue contigo
Não vote
Antes te corra à lambada

E porquê?!
Se eu nem conheço a tua mãe
Tão pouco o teu pai

Mas eu não tenho a menor dúvida
De que és filho da mãe
Filho da República corrupta que te aleita
E a quem mamas na teta
E com a maior desfaçatez
Dizes que o fazes
Para bem do povo português
Conversa da treta
Queres é continuar a mamar

Olha, seu filho da mãe
Seu periquito!

Para a próxima
Quando me pedires para votar
Faço-te um manguito





quinta-feira, 23 de abril de 2020

Aponta-lhe um poema à cabeça e dispara!



Acaba com ele
com poesia
e de vez

Aponta-lhe um poema à cabeça
dispara
e pronto
tudo se consuma
e esfuma 
com alegria
talvez

Que descanse em paz
e sem dor
o imundo político dono do mundo
pequeno
paralítico 
grande
infame 
tanto faz

Dissolve-lhe os ossos o tempo
dilui-lhe o poder o vapor
da morte
triunfa o evento maior
o Amor

Com um pouco de sorte
a Liberdade vai continuar a soprar
sobre a Terra
enquanto houver ar para respirar
pão para comer
poesia para compor
e declamar
e sonhos para sonhar

O poderoso maior
é tão pequeno como nós

Ande por onde ande
só a Verdade é grande

Vale de Salgueiro, segunda-feira, 25 de Outubro de 2010
Henrique Pedro

terça-feira, 21 de abril de 2020

Já não basta votar!



É preciso fazer mais, mais e mais
Já não basta votar

O País está em crise
O Povo esfomeado
A Nação a definhar
À espera de salvação

O Estado foi espoliado
A Pátria expatriada
A República traída
A Democracia viciada
A Família pervertida 
A Língua apunhalada
A Justiça adulterada

Votar é branquear a situação
É preciso fazer mais, mais e mais
Nas ruas
Nas urnas
Nos tribunais
E nas redes sociais
Urge forçar o fim da corrupção
Que o Povo assuma seus direitos de novo
Os deveres de cidadão

Portugueses, gritai basta!
Gritai não!

A Bem da Nação
É forçoso votar bem

             Vale de Salgueiro, sexta-feira, 21 de Janeiro de 2011
             Henrique Pedro




terça-feira, 7 de abril de 2020

Os donos do mundo andam a brincar com o fogo



Embriagados de poder

De fausto e falsa glória

Russos, americanos e chineses

Julgam-se deuses

Os maiores da História

 

Fiam-se na força da arma nuclear

Nas suas guardas pretorianas

Nas legiões de bombistas suicidas

Nas ensandecidas massas insanas

 

Ameaçam por o Planeta a arder

Tudo deitar a perder

E com ódio, vírus e petróleo

Imolar a Humanidade

Na pira da sua imoralidade

 

Serão donos do mundo e da guerra

Mas não são senhores da Terra

 

A turba que por ora lhe bate palmas

 Lhes comerá os ossos e as entranhas

E ss labaredas do inferno eterno

Lhes consumirão as almas

 

Não conhecem a palavra amar

Para eles uma vida não vale uma palha

Mandam matar quem lhes resiste

Os donos do mundo brincam com o fogo

O trágico jogo do Apocalipse

 

Que a Senhora de Fátima nos Valha!