(No dia mundial da Liberdade)
Liberdades há muitas.
E de muita cor
Muitas são mantas de retalho
Que não dão qualquer agasalho
E na verdade
Raras rimam com felicidade
Santas?! Nem tantas!
Duvido até que as haja
A melhor de todas, para mim, ainda assim
Não é dada por um qualquer ditador.
Prefiro a minha, porém
Eu que sou livre como o pardal pequenino
Que faz ninho no meu beiral
A lembrar-me que fui livre, sim
Quando era menino
Sem saber o que era prazer
E dor
Mal e o bem
Quando o mundo era tão pequenino
Que eu nem o via
Sequer dele me apercebia
Porque liberto sonhava
No céu aberto de amor
No seio de minha mãe.
Quando acabado de nascer
Ela me embalava
No berço do Criador
Sem eu me aperceber
Vale de Salgueiro, 23 de janeiro de 2021
Henrique António Pedro