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domingo, 26 de abril de 2020

E se eu lhe chamar “filho da mãe”?




(Para todos os políticos que governam este País, com excepção de dois ou três a quem conheço as mães.)

Fica desde já assente
Que tu
Não és tu que me lês

É um outro qualquer
Poderá mesmo ser
Quem tu quiseres

Mas eu sou eu
Porque poeta que se preza
Finge
Mas não foge
Nem mente
Nem sacode a água do capote

Tu vais-te zangar comigo
E poderá acontecer que na passada
Eu me zangue contigo
Não vote
Antes te corra à lambada

E porquê?!
Se eu nem conheço a tua mãe
Tão pouco o teu pai

Mas eu não tenho a menor dúvida
De que és filho da mãe
Filho da República corrupta que te aleita
E a quem mamas na teta
E com a maior desfaçatez
Dizes que o fazes
Para bem do povo português
Conversa da treta
Queres é continuar a mamar

Olha, seu filho da mãe
Seu periquito!

Para a próxima
Quando me pedires para votar
Faço-te um manguito