Trago um sentimento ágrafo
agrafado no peito
atravessado
na garganta
Abafado
sem jeito
Incapaz de expressar
seja a escrever
ou a falar
a mim mesmo me espanta
Tomara ter a coragem
uma aragem
para lhe dizer
e lhe confessar
que a amo
Mas temo ser traído
pelo vento
Mal ela sabe com ando sofrido
da raiva que derramo
dentro de mim
por ser assim
Mas eu a amo
Dói-me só de pensar
Vale de Salgueiro, domingo, 6 de Março de 2011
Henrique António Pedro