Viver
é o fremente bater
do coração
à porta da alma
entrada da casa de
Deus
que só se irá
abrir
quando o coração morrer
É pura dor
puro pungir
Ou talvez não
Talvez a alma se
abra
enquanto o coração
viver
por força de tanto
bater
amar e sofrer
se for o amor a acordar
a razão
e a fazer o
espírito despertar
Se o coração tocar
à porta da alma
sem fervor
sem fazer a alma acordar
mais vale deixar
de bater
Vale
de Salgueiro, segunda-feira, 30 de Julho de 2012
Henrique
António Pedro