Há
lugares
recônditos
da minha
alma
aonde
eu
próprio
raras
vezes vou
Apenas
quando sou assediado
por algum
evento inusitado
São
aposentos reservados
onde não
sopra o vento
nem se
faz sentir a fúria do mar
ou as
tempestades do viver comum
Ali me
refugio
me
protejo
e me
liberto
em
ambiente de espiritualidade
Tranco
portas e janelas
tapo os
ouvidos aos ruídos da rua
apenas
deixo acesa uma luz
suave
como a da Lua
e por ali
fico na obscuridade
de alma
distendida
até me
acalmar
São
lugares recônditos da minha alma
túneis
labirintos
de espiritualidade