(Desenho de carvão em papel, intitulado e datado de 1939, Almada Negreiros)
Naquela
leda madrugada
deitei-me
nu
com
a minha amada
nua
despidos
de tudo
vestidos
de nada
O amor
nos despiu de nós
a
sós
a
sonhar
e a
Lua nos vestiu
de
luar
Ela
me envolveu e fascinou
com
sua pele
de
mel
e eu
cobri-a com a minha
empoada
de pós de brilhantina
fluorescência
da
inocência
que
toda a noite nos iluminou
em
eterna fantasia
E o
Sol não se pôs
nesse
dia
Vale
de Salgueiro, sexta-feira, 24 de Abril de 2009
Henrique
António Pedro