Quando
escrevo poesia
e lanço
meus versos ao vento
Por demais
que me esconda
ou me disfarce
me
liberte ou me embarace
é sempre
de mim que eu falo
a todo
o tempo
De mim
a mim
e de
mim aos outros
sem constrangimento
Na esperança
de que as aves do céu
e as bocas
do mundo
leiam os
meus versos e ponham ao léu
o mais
profundo da minha alma
que
vagueia pelos universos
À
procura de novos juízos
afectos
e sorrisos
A dilatar
a alegria de viver
e força
de acreditar
num
único amor
numa
só forma de amar
sem
sofrer
sem
ilusão
No
qual
todos
nós
poetas
ou não
acabaremos
um dia
por
nos reencontrar
Vale
de Salgueiro, terça-feira, 12 de Janeiro de 2010
Henrique
António Pedro
