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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Uma rosa venenosa


A essa rosa ultriz e malvada

Que infeliz agora se finou

Embora fosse flor e perfumada

Foi o seu sorriso que a matou

 

Rosa rara, falsa, aculeada

Que a si própria se enganou

A todos dizia que os amava

Mas nunca a ninguém ela amou


Era ruim, sim, só erva daninha

Que até picos nas pétalas tinha.

Seria bela, mas era má flor!

 

Uma rosa danosa, flor de dor.

Não sabia o que era amor.

Murchou abandonada, sim. Sozinha!

 

Vale de Salgueiro, sábado, 14 de Fevereiro de 2009

Henrique António Pedro