Diz-me
para
me consolar
e
iludir a minha saudade
que
embora ausente
estou
sempre presente
no
seu coração
Que
eu sou omnipresente
vá
para onde ela for
esteja
eu onde estiver
seja
qual seja a condição
Mas
eu
dela
distante
não
sei quem sou
ando
inclinado
oblíquo
sem
a poder esquecer
vivo
em obliquidade
Sou
um viandante “omniausente”
um
desertor
livre
na obscuridade
enjaulado
no seu amor
Gostaria
de ser ubíquo
de
poder estar aqui e lá
ao
mesmo tempo
em
todo o lado
Vê-la
e tê-la
ainda
assim
a
ela a mim
e eu
a ela
sempre
abraçado
de
verdade
Ainda
que o amor
tenha
o dom da ubiquidade
Vale
de Salgueiro, terça-feira, 2 de Setembro de 2008
Henrique
António Pedroo