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sábado, 18 de novembro de 2017

A poesia de amor não passa de uma farsa



A poesia de amor não passa de uma farsa

de uma momice

de uma doce aldrabice

 

De uma mistificação rimada

declamada

cantada

decantada

e nem sempre bem-intencionada

 

A poesia de amor é um fingimento de sentimento

uma perda de razão

 

É um chorrilho de fantasias e falsidades

de meias verdades

de falsas alegrias

de piruetas e caretas

de esgares próprios da paixão

 

A poesia de amor não passa de uma farsa

com que o poeta

com versos perversos se disfarça

 

A poesia de amor é um paradoxo

uma desgraça

um meio pouco ortodoxo

de redenção

 

A poesia de amor é uma sublime encenação

 

Vale de Salgueiro, quarta-feira, 14 de Março de 2012

Henrique António Pedro