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sábado, 18 de novembro de 2017

A POESIA DE AMOR NÃO PASSA DE UM FARSA?



A poesia de amor não passa de uma farsa

de uma momice

de uma doce aldrabice?

 

De uma mistificação rimada

declamada

cantada

decantada

e nem sempre bem-intencionada?

 

A poesia de amor é um fingimento de sentimento

uma perda de razão?

 

É um chorrilho de fantasias e falsidades

de meias verdades

de falsas alegrias

de piruetas e caretas

de esgares próprios da paixão?

 

A poesia de amor não passa de uma farsa

com que o poeta

com versos perversos se disfarça?

 

A poesia de amor é um paradoxo

uma desgraça

um meio pouco ortodoxo

de redenção?

 

OH, não!

A poesia de amor é uma libertação

uma divina graça

mesmo quando não passa

de uma sublime encenação!

 

Vale de Salgueiro, quarta-feira, 14 de Março de 2012

Henrique António Pedro

 

 

1 comentário:

  1. Se o poeta não estiver fingindo como o Fernando Pessoa, concordo com ele...amor dó existe em revista de quadrinho

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