Em tarde calma
deixo-me ficar
langoroso
abandonado de corpo
e alma
mergulhado no
arrebol do pôr do sol
a reviver o meu
passado amoroso
sem vontade dali
sair
A melhor memória
a que mais me faz
sentir
ainda assim
aquela que mais me seduz
não é nenhum feito
glorioso
mas tudo que se
traduz
em poesia
A nenhum passado
quero voltar
ao presente estou
circunscrito
de nenhum futuro
proscrito
Trago as lembranças
até mim
em contida alegria
fascinante frenesim
ainda assim
Que ecoa no espírito
em estuante sinfonia
Vale de Salgueiro,
sábado, 17 de Abril de 2010
Henrique António
Pedro