segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Um poema e dois dedos de angústia
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
A quantos a quem amei embora não tanto quanto devia
A quantos a quem amei embora não
tanto quanto devia
São boas
recordações ainda assim
embora
me mortificam e desalentem
porque
o tempo e o vento as transformam em saudade, soledade e nostalgia
e me
deixam aborrido
ferido
sem
alegria
à
procura de novo sentido para a vida ainda não vivida
A
quantos a quem amei embora não tanto quanto devia
A
mesma saudade que, contudo, se transmuta em apelo do futuro
em fé
no devir
em
razão de ser e sorrir
por
força de quantos não amei tanto quanto devia ter amado
e de tudo
que não vivi
Ainda estou
em tempo de remir ainda assim
A
quantos a quem amei embora não tanto quanto devia
mas ainda
assim poderei mais amar
com
redobrada soledade e nostalgia
A quantos
a quem amei embora não tanto quanto devia
esta
elegia da saudade
Vale
de Salgueiro, sexta-feira, 27 de Novembro de 2009
Henrique
António Pedro
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Luar
sábado, 28 de janeiro de 2017
Um poema e um prato de feijão
Gosto de ler e declamar
poesia
soneto
odisseia
uma simples quadra que
seja
que comporte alegria
e uma ideia imaculada
Como gosto de feijoada
à brasileira
ou à moda transmontana
embora aceite que não é
comida ligeira
sobretudo se comida à
fartazana
Embora também haja
poesia que mete dó
e humanos que fazem
doer o coração
porque morrem à míngua,
tão só
por não terem um prato
de feijão para comer
e muito menos um
simples poema saibam ler
Não estou certo, porém
nem de longe nem de
perto
que basta ler um poema
e comer um prato de feijão
para se alcançar a Salvação
Mas estou em crer com
verdade
que um poema e uma
feijoada
confecionados com
amor e com arte
ou um simples naco de
pão
resolveriam em grande
parte
os problemas da
Humanidade
Vale de Salgueiro, quarta-feira,
18 de Março de 2009
Henrique António Pedro