Arranco
raízes da alma que embalo em versos
orvalho-as
com o sangue fervente do coração
e
lanço-os ao vento pensando nalguém
que
as poderá apanhar
e
sentir
que
é toda gente
Outra
coisa não tenho para dar a quem me pedir
apenas
ideias e afectos
para
oferecer
glórias
ilusórias
nada
que se possa comprar ou vender
Ofereço
poesia ainda assim
dou
tudo de mim
que
é tudo quanto tenho