Silêncios dilacerantes
rasgam-me o peito
e trazem-me desfeito
com o sentimento
de que a perdi
Ruídos que me roem por dentro
sons surdos de saudade
ecos de ansiedade
ondas de impaciência
geradas pela sua ausência
Abro os braços ao ar
na esperança que o vento
para ela me leve
a voar
ou assim a traga de novo
leve e livre
para mim
O vento do destino, porém
com desdém
só me deixa mais só
bobo
e sem tino
(*) Do meu baú de recordações
Cascais, 16 de Setembro de 1970
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