Há um
sopro divino
que
dentro de mim sopra
sem
parar
e sem
tino
Que procuro
entender
e diferenciar
Sopro que
me vai na alma
e não
me vem do corpo
E me
leva a poetar
como
forma de me libertar
Uma
sensação estranha
de me
sentir preso
à sanha
do desejo
ensejo
de me soltar
De
querer ser
como a luz
das estrelas
que
depois do astro morrer
continua
a brilhar
Pura
poesia
quando o
estro se finar
e se
perder no vento
Vontade
de viver
fora do
espaço-tempo