domingo, 1 de janeiro de 2017
Quando a alma nos dói
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Amanhã a Humanidade faz anos
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Roubaram Jesus do Presépio
Tiraram o Menino Jesus das mãos da Virgem Maria, Sua mãe
e das de São José, Seu pai
para pôr a Divina Criança a dormir ao relento
nua
no meio da rua
sem esperança
nem razão de ser de tanto sofrimento
Roubaram o Divino Menino do épico presépio
foi o que foi
Quem!?
Os donos do mundo, quem haveria de ser
e todos nós também, para seu contento
Contrataram, então, um velho barbudo anafado
cognominado Pai Natal
à margem do Evangelho
promovido a chavão comercial
para vender o feno, a palha
e o esterco de curral
Que Deus nos valha!
Ventos de miséria e de guerra
sopram agora por toda a Terra
a Paz jaz sepultada em túmulos de dor
lado a lado com o Amor
e a verdadeira Luz
Neste mundo governado por pilatos devassos
e tirânicos herodes
ogres satânicos
facínoras dementes
que assassinam santos inocentes
tentando matar à nascença
o pequenino Jesus
Que terrível desaforo!
Escarnecem da Virgem Maria
tratam São José com aleivosia
vilipendiam Cristo e a Cruz
É tempo de choro e de ranger de dentes
Vale de Salgueiro, segunda-feira, 24 de Dezembro de 2012
Henrique António Pedro
domingo, 18 de dezembro de 2016
Um sonho universal
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Lapsos de amor e memória
Bebo café
em pé
ao balcão de uma qualquer pastelaria
O meu espírito anda longe dali
os olhos passeiam-se
absortos
por todo o lado
repousando vagamente em quem entra
e quem sai
sem segunda intenção
Neste ínterim
a empregada
mulher linda
traz-me um pastel de nata
e pergunta-me se quero canela
A nata não seria para mim
mas de pronto respondo que sim
com mesura
e mais digo sem pensar
tocado pela sua formosura
que a quero a ela
Em dois momentâneos lapsos de tempo
acontecem dois simultâneos amorosos lapsos de
memória
de amor, café e canela
agridoce rapapé
sem vanglória
Fiquei sem saber quem eu era
onde estava
o que fazia ali
e qual seria o meu papel na história
Ante o meu embaraço
a empregada
sorri
ruborizada
Oh, que dilema!
De pronto recupero a lucidez
anoto o sorriso
perdão
o poema
num guardanapo de papel
sem mais demora
A empregada sorri-me outra vez
agora descarada
de soslaio
mas eu sem mais nada
saio
Venho-me embora
não vá ter outro relapso lapso de memória
Vale de Salgueiro, sexta-feira, 11 de Dezembro de
2009
Henrique António Pedro