XVIII
Loucuras
de amor que não versejo
Desnuda-se,
serena e silenciosa
Recobrindo-se
de diáfano fascínio
Contemplo-a,
impaciente, por desígnio
Certo
de que se entregará, pressurosa
Depois,
é deliciada e deliciosa
Sorrindo,
cúmplice do meu raciocínio
Que
me leva a perder o autodomínio
Bela,
sensual, permissiva, amorosa
Tomo-lhe
o corpo, que afago e beijo
Faz-me
o mesmo com gritos de alegria
Entrelaçados
de prazer e de desejo
Entontecidos
pela mesma afrodisia
Caímos
em loucuras que eu não versejo.
Descrevê-las,
sim, seria pornografia!
Vale de Salgueiro, 14 de Maio de 2008
Henrique Pedro