Douro e
de Xisto
Humilde
poeta sempre assisto
A este
concerto maravilhado
De pedras
em socalcos concertado
Onde Deus
o não havia previsto
É suor e
sangue de muito cristo
Em terras
do Douro crucificado
São ecos
de amor com dor rimado
Em versos
de muros de tosco xisto
São
poemas de mil vinhas em rimas
Quais
rosários abençoados
Desfiados
com fé pelas colinas
São
cânticos da safra das vindimas
Pela voz
dos obreiros declamados
Ao som de
pandeiros e concertinas
Vale de Salgueiro, 7 de Abril de 2008
Henrique
António Pedro