quinta-feira, 23 de maio de 2013
Eram tantos os beijos
Eram
tantos os beijos
tão
deliciosos
e
amorosos
os
abraços
tão
apressados os passos
dos
desejos
que
ainda hoje
me
apetece
voltar
a viajar
Embora
saiba
que
ela
já não
me espera
nem
estará lá
para
me receber
Ainda
assim viajo
parto
e
regresso
a toda
a hora
sem
querer
a
fantasiar
confesso
sempre
na esperança
de a
reencontrar
terça-feira, 21 de maio de 2013
Amo e ando apaixonado
Amo
e ando
apaixonado
o que
soa
a
contradição
Melhor
será
deixar
passar
o
tempo
Contemporizar
amar
e paixão
Esperar
que
mude a direcção do vento
Deixar
que seja
outro
o
bater do coração
e não
o que
simplesmente se deseja
O amor
douto
não
tem tempo
Mesmo
pura
a
paixão
nunca
é definitiva
Nem
dura toda a vida
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Amor, o nosso Deus
Deus é Amor!
Lê-se em
todos os Livros Sagrados
dizem-no
todos os grandes profetas
e místicos consagrados
de todas as religiões
proclamam-no
fiéis de todas as convicções
em seus
cânticos de glória e louvor
Pois seja!
Façamos
então do Amor
… o nosso
Deus!
Judeus e
gentios
cristãos de
todas as confissões
islâmicos e
budistas
cátaros e hinduístas
espiritistas
e mações
gente de
toda a cor
a todos une o
Deus Amor
Mesmo
aqueles que em Deus
não acreditam
ao Amor não deixarão
de dar crédito
por certo
Pratiquemos portanto
o Bem
no dia-a-dia
quando
trabalhamos
amamos
ou
escrevemos poesia
E sempre que
alguém nasce
e nos enche
de alegria
ou morre alguém
e nos diz adeus
deixemos que
o Amor nos inunde
e comande
façamos do
Amor o nosso Deus
segunda-feira, 13 de maio de 2013
No início da Primavera
De
ontem para hoje
lá
fora nada mudou
e se
alguma coisa de novo ocorreu
foram
só enganos e mentiras
Apaguei
o televisor
calei
a rádio
rasguei
os jornais
fiz
off ao computador
libertei
o coração
Dormi
sonhei
e
mandei a crise às urtigas
De
ontem para hoje
muitas
coisas novas aconteceram
no meu
mundo
neste Domingo
de Ramos
início
de Primavera
Há
mais chilreios
mais
anseios de amor
mais
perfumes a pairar
no ar
mais botões
de flor
a
desabrochar
mais
esperança
à
espera
Apaguei
o televisor
calei
a rádio
rasguei
os jornais
fiz
off ao computador
libertei
o coração
Neste
Domingo de Ramos
início
de Primavera
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Em mim não acredito e de Deus desconfio
O Cosmos de meu avô João
era toda a terra em que à luz das estrelas
semeava pão
O meu
é todo o espaço-tempo
em que planto poemas
eivados de dilemas
e de contrição
Cosmos infinito
mas pequenino
o meu!
Do tamanho do silêncio
indiferente
de Deus
Magistério de mistério
que professo como monge
porfiando poesia
A gritar poemas sem tino
e a acenar
a acenar
na esperança de que alguém
me virá salvar
Se é que não ando a deitar
tudo a perder
Em mim não acredito
e de Deus desconfio…
que só Ele
me poderá valer
Vale de Salgueiro, 24 de Outubro de 2007
Henrique António Pedro
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