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terça-feira, 8 de novembro de 2022

As Três Eras Cósmicas da Criação

 


As Três Eras Cósmicas da Criação


Quiçá

com tanta guerra

e sofrimento imundo

que a Humanidade crucia


Quiçá esteja para breve o advento de um novo mundo

melhor do que este a que assisto

em comprimento da prometida Parusia

a segunda vinda de Jesus Cristo à Terra


Deslumbra-se assim o meu espírito

com a percepção das Três Eras Cósmicas da Criação

e exulta de alegria o meu coração constrito


Primeiro

com a era divinal do Pai Criador que tudo criou

e a nós também


Depois

com a era do Filho, o Cristo, que nos regatou da dor e do mal


E agora

a glória final

a era do Espírito Santo do Absoluto Amor


Amém


Vale de Salgueiro, segunda-feira, 4 de Janeiro de 2010

Henrique António Pedro


segunda-feira, 31 de outubro de 2022

(Uni)Verso

 



(Uni)Verso

 

(Uni) Verso

Verso uno rimado de Amor, de Dor e de Virtude

com que o homem aprender a ler a amar e a sofrer

 

(Uni) Verso

Poema irresoluto de um só verso

caderno do erudito escritor

tem metro do Eterno Absoluto

rima com Infinito

é Deus o seu autor

 

(Uni) Verso

Deu Deus ao homem o dom da poesia

para lhe revelar a (Uni) dade da Verdade na multitude

a (Uni) (Versi) (dade) do Amor na alegria interior

a sagrada Uni (ão) da divina comunhão

 

 (Uni) Verso

(Re) Verso da Razão que apenas no Amor tem resolução

 

Vale de Salgueiro, sábado, 27 de Junho de 2009

Henrique António Pedro


sábado, 29 de outubro de 2022

Soltem os cães!

 


Soltem os cães!

 

Esta maligna mania que o homem insano tem

de acorrentar cães com cadeados e argolas

de aprisionar pássaros em gaiolas

de encerrar peixes em aquários

e encarcerar o seu irmão humano

são ou salafrário

de onde vem?

 

Será que mais segura sente a sua liberdade

sabendo que outrem

a não tem?

 

Ou será que fica aflito

só de pensar

que alguém lhe poderá roubar

o infinito?

 

Deixem as aves voar para outros lugares

os peixes nadar noutros mares

os cães ladrar a outras luas

o cidadão vaguear

livremente

pelas ruas

 

Cantem

batam palmas

abram os corações

soltem os cães

os peixes

os pássaros

os humanos

de todas as prisões

e enganos

 

Vale de Salgueiro, quarta-feira, 8 de Setembro de 2010

Henrique António Pedro


quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Porque escrevo poesia?!

 


Porque escrevo poesia?!


A esta angústia maior

que me morde a mente cada dia

responde-me a própria poesia

 

Fico um tanto mais consolado

embora não de todo aliviado

 

Há quem fume e quem beba

mas porque tal me causa tão incómoda azia

a mim dá-me para escrever poesia

 

Para calar angústias estranhas

ideias tresmalhadas

sensações entranhadas

sopro de coisas etéreas

que me desassossegam o corpo

por dentro e por fora

que nem o vento as leva embora

 

 

Para transformar medo em coragem

ódio em amor

prisão em liberdade

raiva em tranquilidade

fracasso em glória

mentira em verdade

saudade em presença

maldade em inocência

indiferença em solidariedade

vício em temperança

fome de sexo em paixão

para aliviar outros males de coração

 

E para sufragar os gritos de milhares de irmãos que sofrem e morrem sem que ninguém lhes valha

para quem a vida é um verdadeiro inferno

tudo isto me cicia a poesia neste dia

 

Como muita gente

certamente

eu escrevo poesia

para me sentir vivo e livre

e sorver o sabor de me saber eterno


E porque alguém a lê

Já se vê!

 

Vale de Salgueiro, 5 de Fevereiro de 2008

Henrique António Pedro


 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O poder e a glória que tenho já me bastam

 


O poder e a glória que tenho já me bastam

 

Tudo que em meu redor tem cor

som

vida

luz

beleza

me glorifica


O vento

o mar

os rios

as montanhas

a Natureza

o Sol

e a Lua

criou-as o Criador

para me louvarem em cada dia

enquanto criatura Sua


O poder de amar a quem amo

já me chega

 

A glória de ser amado por quem me ama

já me basta

 

Não quero mais

 

Dispenso a vaidade e a fama

 

Todo o meu poder e glória é poesia

o poder e a glória de amar mais e mais

em louvor ao Criador

 

Vale de Salgueiro, sábado, 15 de Maio de 2010

Henrique António Pedro

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

No outono da vida.

 


No outono da vida.

 

Os seus cabelos dizem não haver

no ar

a mais leve brisa do passado


Desnuda a alma

despenteia ilusões

que são outras tantas paixões

 

E atira beijos

sorrisos e desejos

de mel

já sem asas para voar

 

Que caiem na rua

e são pisados pelos transeuntes

que não se detêm

por não quererem ser

mal amados

 

Também eu reparei nela

postada seminua

à janela

 

Ouvi o seu chamamento para que a fosse libertar


Mas também eu já não levava tempo

para me perder


Já nada mais é

que uma rosa despetalada no Outono da vida


Oh, como é cruel! 

A vida!


Vale de Salgueiro, domingo, 10 de Julho de 2011

Henrique António Pedro