Naquele
palácio agora vazio
de
paredes indignadas de silêncio
e
martírio
Pedras
chagadas pelo tempo
e
pelo vento
pela
areia que medeia novo tormento
cobiça
de fantasmas
que
se alimentam de miasmas
a
gemer
Havia
tapeçarias
e
archotes a arder
bailarinas
e cisternas
de águas cristalinas
Ali
fui
principe e fui rei
essénio
e soldado
enamorado
Ali
matei e morri
e
amei, amei, amei
Ademais
renasci
Ali
a rosa
de Saron
o lírio dos vales
bálsamo de todos os males
se
enraizou no meu peito
e
não mais parou de florir
E Massada
não cairá nunca mais
Jamais!
Vale
de Salgueiro, quarta-feira, 29 de Setembro de 2010
Henrique
António Pedro