No
tempo em que a minha lembrança
de
criança
se
inicia
E
no meu entendimento
embora
fosse Deus alguém que eu desconhecia
admitia
ainda
assim
que
fora Ele a criar meus avós
primeiro
e
meus pais
depois
Embora
fossem meus pais
que
eu conhecia melhor
ainda
assim
que
moviam sós
todo
o mundo só para mim
Eu nem
sequer me conhecia a mim tão bem
como
conhecia meu pai e minha mãe
Com
eles partilhava um mundo que era só meu
que
melhor eu bem compreendia
e
sentia
porque
ainda não sabia
que
coisa era a dor
No
limiar da minha lembrança de criança
não
havia espaço sequer
para
o sonho, o temor ou a esperança
ou
para o que a Deus aprouver
Porque
esse meu mundo era um mundo só meu
e era só puro amor
Vale
de Salgueiro, terça-feira, 3 de Agosto de 2010
Henrique
António Pedro
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