sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
A Lei Maior do Amor
Aprendi
no muito
que amei e sofri
que o
amor e a alegria
assim
como a poesia
são
potenciados
se
partilhados
E que o expoente
da potência que os potencia
é igual
ao número daqueles
com quem
se partilha
Inversamente
a paixão
reduz-se
a dois
que se
não ousarem a mais alguém amar
acabarão
por se separar
e sofrer
depois
É por
isso lícito pensar
que sem
partilha não há amor
podendo,
embora, a paixão acontecer
E também
que se alguém ousar amar
a Humanidade
com todo
o seu coração
e por ela
se fazer amar
acontecerá,
então
a
Iluminação
Esta a
Lei Maior do Amor
que
aprendi
no muito
que amei
e sofri
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Este poema é para si
É
com alegria
que
lhe dou a ler
esta
banal poesia
que
escrevi
a pensar
em si
Você
é um ser único
sem
igual
Vive
aqui a meu lado
e faz-me
companhia
neste
mundo encantado
de
sonho e fantasia
no
qual
só
o amor é real
Em
si me vejo
e
revejo
porque
lê o que escrevo
embora
eu não saiba se sente o que eu sinto
e se
pensa o que eu penso
ainda
que sinta e pense bem
Por
isso lhe sorrio
e lhe
envio também
este
abraço
sem
embaraço
e
lhe expresso amizade
de
verdade
Obrigado
portanto
por
comungar
e
partilhar
este
meu encanto
Vale
de Salgueiro, domingo, 25 de Julho de 2010
Henrique
António Pedro
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Amar mais e mais e mais
Os meus olhos não vêem além do horizonte
e os meus ouvidos
não escutam mais que os sons e os ruídos próximos
fugidios
As minhas mãos não tacteiam mais que a pele de corpos
e a superfície dos objectos
O meu coração apaixona-se sem sabe porquê
e o meu cérebro mais não suporta que uns quantos raciocínios
A minha alma angustia-se e mergulha em ansiedade
porque não sou livre
e estou limitado
encarcerado
dentro de mim
A olhar o mundo e o cosmos
por uma estreita fresta
por onde mal passa a luz do dia
Por isso o meu espírito se incendei em poesia
e anseia por ver mais
tactear mais
ouvir mais
E amar mais
e mais
e mais
sábado, 28 de novembro de 2015
Ando a ler o livro da vida
Poeta
ando a ler o livro da vida
de alma aberta
e a fazer anotações nas margens
com poesia
Os meus poemas são meras observações
são exclamações de espanto
de amor
e de dor
também de encanto
e de alegria
São dúvidas
interrogações
hinos de louvor ao Criador
são fantasia
desejo de não morrer
Os meus poemas são miragens
miscelâneas interiores
de amores, cores, sons e sentir
imagens instantâneas
daquilo que dia a dia
me é dado perceber
São o antecipar do devir
a marca do meu ser
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Abre-se a noite em dia
Uma
daquelas noites em que não dormia
porque
mais me apetecia
manter-me
desperto
em
prazerosa vigília
Uma
daquelas noites
mais
claras que o próprio dia
em que eu
não dormia
porque coisas
simples
prosaicas
me
despertavam
Naquela
noite fria
arejada
de brisas etéreas
claramente
percebia
que a minha
vista é insuficiente
incapaz
de ver para lá das estrelas
que
curtos são os meus ouvidos
que não
ouvem para lá do que me rodeia
apenas os
sons compatíveis
com a
frequência que nos tímpanos serpenteia
e tão
frágil é o meu pensamento
que
embora mais ágil que o vento
nunca me
traz certezas
Mergulho
no Firmamento
irisado
de cósmico albedo
límpido e
transparente
semeado
de estrelas
banhado
de luar irreal
cor de
esmeralda
Percebo a
sinfonia de fundo
o coaxar
das rãs
o relar
dos grilos
o latir
dos cães
o pio
esporádico de alguma ave nocturna
que
soturna me vem lembrar
que me
não devo deixar dormir
porque estou
ali para acordar
Assim se
vai abrindo dentro de mim
a noite
em dia
e de místico
luar
se me ilumina a alma
se me ilumina a alma
Por isso
não consigo dormir
até poder
ver
ouvir
e despertar
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Amar e andar apaixonado
Amar
e andar
apaixonado
soa
a
contradição
Melhor
será por isso
deixar
passar
o tempo
contemporizar
amor
e paixão
Esperar
que mude
a direcção do vento
e se
desvaneça o feitiço
Deixar
que seja
outro
o bater
do coração
e não
o arfar
daquilo
que se deseja
O amor douto
não tem
tempo
e mesmo
pura
a paixão
nunca é
definitiva
E nem
dura toda a vida
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