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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Vivo ameaçado de morte




A vida não passa
de permanente ameaça
de morte

Tenho medo!

Sinto-me perseguido
angustiado

Esperava melhor sorte

Sou forçado a viver
condenado a morrer

Procuro
por isso
um lugar seguro
no Universo
longe ou perto
onde me possa esconder
e refugiar

Para lá me libertar
poder livremente viver
e amar
sem sofrer

E sem ter que pagar
o preço de perecer

terça-feira, 2 de abril de 2013

A uma poetisa sublime




Maior é o meu enamoramento
agora que se cumpre mais um ano
deste fastidioso afastamento

Componho um ramo de versos perfumados
colhidos no âmago do meu jardim
e floridos em rimas de ternura
que enfeito de mil beijos e desejos
aspergidos com o viço das rosas
e a candura do jasmim

O mesmo mágico perfume
com que me incensavas
e me enfeitiçavas
tu
a mim

A que junto um cartão de oiro debruado
alvo como pétala de açucena
completamente virgem e branco
para que sejas tu
com o teu génio e encanto
a gravar nele o teu melhor poema
que eu sei
fala
do teu amor
por mim

Ramo que ato
com forte e terno abraço
e remato
com o esplendoroso laço da amizade
selado com o selo da verdade

E que remeto
pela via da saudade

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Andava eu poetando por aí




Andava eu poetando
por aí
e além

Pintando
e musicando paisagens interiores
cenários da razão
veredas do coração
olhando a paixão
com desdém

Eis senão quando
o Universo desmorona

Tropeço numa candente estrela cadente
na lembrança de um amor ardente
que foi
mas já não é

Ou será que não será?!

Não!
Foi apenas uma explosão de saudade
que tudo deitou a perder
e mais me fez sofrer

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