Quando a Língua floresce em palavras
dá frutos que são poemas
Muitas vezes envoltos em mil dilemas
em desejos que assomam à flor da pele
em suores frios de angústias e medos
que enquistam em penedos
obscenos
na Razão
e se transformam em instrumentos
de opressão
Mas eu quero que a minha poesia
seja libertária
de libertação
Que seja poesia de amor e de alegria
que floresça na serra como a urze
Que enfeite os campos como a candelária
e rasgue com luz
a escuridão