quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Aposto que este poema é o mais estúpido
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Badaladas desconcertadas do coração
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Não chores por mim, Argentina!
in Mulheres de amor inventadas (1.ª Edição, Outubro de 2013)
quarta-feira, 31 de julho de 2013
As estrelas
confrontado com o encanto
do Cosmos e da Natureza
De dia é o Sol
que desde a aurora
com esplendor e beleza
me desafia
À noite são as estrelas
e é a Lua
que de amor estua
e me alumia
As estrelas estão lá no Céu
no regaço do Universo
cobrindo todo o espaço
com seu véu
de luz e verso
e espiritualidade
Pequeninas
bruxuleantes
a chamar por mim
Lá no Firmamento
sem fim
a espevitar o meu pensamento
Pequeninas e distantes
a dizerem-me ainda assim
o que nem sei
imaginar
Por mais que ande
só serei
verdadeiramente grande
quando as alcançar
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Amar de novo
sábado, 27 de julho de 2013
Apascentando estrelas ao luar
A Lua
já ali está
esplendorosa
cheia
cristalina
desde o sol-pôr
Pousada no horizonte
ao alcance da mão
toca-me o coração
com mil estrelas a cintilar
em seu redor
como se eu fora seu pastor
O som estridente das cigarras
é agora ensurdecedor
O Sol
que espanta as estrelas
durante o dia
à noite deixa-as viver
emprestando a luz à Lua
que a Lua derrama em luar
e fantasia
O aroma do alecrim
que perfuma o vento
entra por mim a dentro
Alcanço
por fim
o topo da colina
com o espírito circunscrito
no amor de Jesus Cristo
Quedo-me por ali
a destempo
até o Sol nascer
apascentando estrelas a refulgir
no redil do meu olhar
acorrentado ao dever
olvidado do devir
Vale de Salgueiro, terça-feira, 27 de Julho de 2010
Henrique António Pedro
terça-feira, 23 de julho de 2013
A poesia não é nada nem ninguém
domingo, 21 de julho de 2013
Aquém e além da morte
sexta-feira, 19 de julho de 2013
A minha sombra
Caminho em direcção ao Sol
A minha sombra
segue-me
persegue-me
vem atrás de mim
cola-se a meus pés nesse
ínterim
irritante
enorme
disforme
escura
rastejante
obscura
Rodopio de repente
volto as costas ao
astro rei
tomo o caminho de
sentido inverso
tão pouco parei
De pronto a minha
sombra me passa à frente
me repassa
sem desvio
em desafio
Se danço ela dança
se paro ela para
se corro ela corre
tão veloz quanto eu
Piso-a
trepo-a
pontapeio-a
Ela foge ao ritmo dos
meus pés
sempre colada ao chão
sem me sair da Razão
Gostaria que ela se
levantasse
e me enfrentasse
para eu poder ver
quem ela é
e quem eu sou
É só um temor que me
assombra
a minha sombra
um medo
um receio
uma amargura imerecida
que mora no meu
coração
O que eu mais queria
era ser transparente
ver-me por dentro
Gostaria que fosse
luminosa como o Sol
a minha sombra
colorida da cor do
amor
reflexo do meu viver
A sombra da minha
alma
é a minha poesia
Por isso escrevo um
novo verso
a cada passo
e passo a passo
passo a um novo poema
noutro compasso
Entoo nova eufonia
caio em novo dilema
até que o meu
espírito se cala
e se acalma
Vale de Salgueiro, domingo,
21 de Fevereiro de 2010
Henrique António Pedro
terça-feira, 16 de julho de 2013
Ao ritmo do que me vai no peito
segunda-feira, 15 de julho de 2013
A razão de tudo ser
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Acabaram-se as metáforas
Os pensadores modernos ainda acreditaram
durante algum tempo
que a globalização seria uma gigantesca metáfora de esperança
Sabe-se agora que tudo não passava de uma monumental obscenidade
que se pulverizou em versos malditos
A indústria nacional do sector faliu
O problema parece ser ainda mais grave
porquanto em nenhuma parte do mundo há metáforas disponíveis
A Humanidade parece assim condenada a deixar de sonhar
O triunfo do niilismo mais radical é inevitável
o fim da Civilização aproxima-se
E depois?
Teremos que começar tudo de novo
Reconstruir um novo Mundo
Restaurar a Humanidade
Reinventar a democracia
Sem metáforas