A poesia é
um sopro
o borbulhar na
superfície da consciência
de mil
humores desconhecidos que nos fervem na alma
e no corpo
E os poemas
são borbulhas
de sonhos
de afectos
de desejos
que rebentam
em palavras
e expelem
harmonias e cores
muitas vezes
descompassadas
descoloridas
e que nem
ideias são
Bolhas que
poderão salpicar outros espíritos
e correr
mundo
ou
simplesmente implodir em angústia
Porque nem
toda a poesia almeja ser poema
ainda que
seja latente tal sonho
A poesia é como
uma mãe
que se
amamenta a si própria
e derrama mel
e leite
e fel
A poesia é
uma mãe
e os poeta
filhos pródigos
A poesia não
é nada
nem ninguém
é uma coisa
como outra qualquer
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