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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Amar de novo



Abraçam-se

Beijam-se
e amam-se
como se fossem únicos
na Terra
como se houvesse só aquela cama
e estivessem sós no Sistema Solar

Não tinham dúvidas
de que não existia mais ninguém
nos restantes planetas
nem se importavam com isso

Estavam de facto sós
na companhia um do outro
e entregues à sorte do seu amor
no sistema solar da sua paixão

Na sua cidade, porém
havia mais homens e mulheres
que moravam na mesma rua
mesmo a seu lado

E havia muitos mais na Web
nos cinco Continentes
na Terra inteira
nas esquinas da vida
nas estradas da insatisfação

Sem limites de velocidade para a dor
ou para a desilusão
era só a acelerar
sempre
sem parar

Por isso, quando arrefeceu o ardor
desencontraram-se numa nova paixão
que não se previa

Será que um dia
se reencontrarão num novo amor?

Numa nova
e mútua paixão?

Que voltarão a amar-se de novo?


E porque não?

2 comentários:

  1. Estimado Poeta Henrique Pedro, nem imagina quanto amo e admiro o seu Poemário!
    Talvez imagine quanto me toca a sua poesia.
    Um grande e fraternal abraço,
    Maria Petronilho

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