Doze badaladas o coração bate
ao meio dia
como cão a latir
Ruidosas
apressadas
pressurosas
a fugir
a saltar fora do peito
a viver fora de si
Outras doze badaladas o coração bate
à meia-noite
como vento a rugir
fora de tempo
Langorosas
arrastadas
pesarosas
a parar
para morrer
dentro do si
Doze com doze são vinte e quatro
badaladas
desconcertadas
que a vida tem
mais aquelas que o coração bate
no ventre de nossa mãe
Mais aquelas descontadas
se dormimos
ou não sentimos
o coração bater
por ninguém
mundo fora
hora a hora
aqui
ali
além
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