quinta-feira, 5 de junho de 2014
Diz-se do ódio o que se diz da paixão
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Do Amor e da Razão
A
(Heptassílabo ou redondilha maior)
Entendeu o Criador
Envolver-nos em mistério
Entre agruras e dor
Com Amor por
refrigério
O prazer é sal da vida
O sabor do bom viver
Mas a vida mal
vivida
Tudo deita a perder
É nesta escuridão
Que devemos caminhar
Porém, à luz da Razão
Para nos alumiar
Com Amor no coração
Também o Bem praticar
B
(Decassílabo)
Entendeu Deus, o
nosso Criador
Envolver-nos em
pesado mistério
Adoçado nas agruras
da dor
Pelo Amor, divino
refrigério
O Amor é, assim, o
sal da vida
Sabor e alegria de
viver
Mas o prazer da vida
mal vivida
Tudo poderá deitar a
perder
Porém, ante tanta
escuridão
Para melhor podermos
caminhar
Também Deus nos deu
a luz da Razão
E para melhor nos
alumiar
Outra luz acende no
coração
A quem o Amor, por bem,
praticar
terça-feira, 27 de maio de 2014
Se o poeta amasse sinceramente
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Não me verás a acenar, a dizer-te adeus
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Pedra de sonhar
terça-feira, 13 de maio de 2014
É de mim que menos sei
domingo, 11 de maio de 2014
Será uma glândula avariada?
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Quereria ser eu a ler os meus poemas
sábado, 19 de abril de 2014
Porque vivemos, se morremos?!
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Ecos e reflexos do Criador
Gosto de orar na ideia de que adormeço
no umbral do pequeno templo da minha aldeia
e viajo Cosmos além
livre de todo o mal
A sonhar que a mão de Deus me afaga
e me faz Revelações
como fazia minha mãe
quando menino me aconchegava no seu seio
ciciando-me doces melodias de amor e de encanto
como se eu fora um santo
um deus pequenino
Eram ecos e reflexos do Criador
O meu pensamento voava por dentro do sonho para fora do sono
e o meu espírito vogava pelo Universo
iluminado pela luz do seu coração
Tento agora ouvir de novo os mesmos ecos
ver os mesmos reflexos
no umbral do pequeno templo da minha aldeia
na ideia que é o regaço de minha mãe
Não encontrei, até hoje, melhor forma de me interrogar
outro verso e anverso das agruras da vida olhar
sem me sentir vazio, naufrago do nada
sem me angustiar
Era Deus que descia do Céu para me falar de Si
com suavidade
mesmo ali
no limiar da Eternidade
Era eu que a dormir despertava por dentro
mergulhava no mais profundo de mim
descobria o meu caminho
e me transformava em profeta daquele espaço
naquele tempo
Para lá do umbral do pequeno templo da minha aldeia
pregada na parede mais umbria
ergue-se, porém, uma Cruz
lustrada pela luz trémula de uma candeia
que ilumina de divino o destino sonhado
no regaço de minha mãe
Sonho agora acordado como quando criança
no umbral do pequeno templo da minha aldeia
na ideia que é o regaço de minha mãe
adormecido na Fé e na Esperança de um dia acordar
Henrique António Pedro
13 de Setembro de 2006
In Anamnesis (1.ª Edição: Janeiro de 2016)
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Triste seria morrer e concluir…
terça-feira, 8 de abril de 2014
Porque se convertem em versos certas palavras?
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Um lapso de luz
domingo, 6 de abril de 2014
Que outro atributo poderá ter, o Além?
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Entre a minha aldeia e o Rio de Janeiro
para eventuais trocas
entre a minha aldeia
e sorrio
só encontro semelhanças
Embora nos céus do Rio haja arranha-céus
mais altos que as estrelas
enquanto no céu da minha aldeia há estrelas tão baixinhas
que lhe podemos chegar com a mão
Embora o Rio seja banhado por um mar
de insanidade
enquanto na minha santa terrinha
Embora lá no Rio
as mulheres se dispam ao Sol
e na minha aldeia só se dispam à Lua
ainda que nem outras nem umas
É por isso que sou de ideia
em primeiro que tudo
Embora nunca devamos adorar nada
nem ninguém
que são falsos
e fugazes