Não mora na minha mente
a minha alma
como demente
cheguei a pensar
Nem mora em nenhum órgão
glândula ou apófise
como pus a hipótese
A minha alma mora no meu coração
É lá que passa a maior parte do tempo
divertida
a deixar-se emocionar
De onde sai levada pelo vento
sempre que o pensamento
se põe a divagar
E quando encontra coisas que a fazem sofrer
ou a Razão não é capaz de compreender
uma dor
uma cruz
é ainda no meu coração
que a minha alma
se vai refugiar
A minha alma mora no meu coração
é de lá que sai essa luz
a que se chama Amor
Vale de Salgueiro, domingo,
20 de Maio de 2012
Henrique António Pedro