quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
O amor é doce e inebria
Vivo num mundo
secreto
um universo
aberto
e sonho
um sonho de
verdade
Onde o amor é
doce
e inebria
e a paixão não
impõe condição
Mundo de amor e
poesia
onde o espaço se finda
no infinito
e o tempo se
esgota na eternidade
Mundo que é um templo
de utopia
em que a fantasia
roça a realidade
e não tem sentido
adormecer
Por isso me ponho
a pensar:
se amar é sonhar
para quê
então
acordar
se acordar
for morrer?
sábado, 9 de janeiro de 2016
Amor, simplesmente amor.
Amo
as
árvores que planto
oliveiras,
tílias e pinhos
que com
enlevo vejo crescer
os
animais que me cercam
cães
aves
répteis
que
fazem parte do meu viver
Amo,
simplesmente
como se
de seres vivos se tratasse
as
pedras em que me sento
e as que
com as próprias mãos
alinho
em muros
que
bordejam o caminho
de
encontro ao vento
Amo,
simplesmente
os
poemas que escrevo
com
enlevo
e amo
quem os ler
Amo,
simplesmente
a mulher
por quem me apaixonei
e os
filhos que criei
Amo, simplesmente
a
verdade
a poesia
a
alegria
Amo
a
Humanidade
Amor,
simplesmente amor.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Saudade é amor e solidão
Quereria ficar ela
eternamente
sentados
na fraga
debruçada sobre o lago
em que
costumávamos namorar
em silêncio
em silêncio
abraçados
ao luar
Nas encantadas
noites de Verão
quando o nosso
lema era
apenas:
«Amor e solidão»
Ficávamos de amor
abraçados
sós
e em silêncio
abandonados
em toda a
amplidão do Universo
que em verso
se abria em nosso
coração
Agora que estamos
afastados
de amor apartados
continuamos sós
em toda a
dimensão do Cosmos
que se fechou em
nosso coração
Mas eu continuo a
querer ficar com ela
eternamente
sentados
na fraga
debruçada sobre o lago
em que
costumávamos namorar
abraçados
em silêncio
em silêncio
ao luar
Por isso escrevi
esta poesia sem alegria
que é um estátua
viva de saudade
esculpida na
própria fraga
debruçada sobre o
lago
em que
costumávamos namorar
abraçados
em silêncio
em silêncio
ao luar
Estátua que ali vai ficar erguida
a gritar
para a eternidade
esta dor
sem remissão:
para a eternidade
esta dor
sem remissão:
“Saudade é amor e
solidão”
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Do Amor e de Deus
Por
qualquer inaudita razão
que não
é assim tão evidente como eu pensava
as
palavras mais frequentes nos meus poemas
são Amor
e Deus
Dir-se-á
que sou um homem de fé
Não
não sou
um iluminado
nem
tenho assim tanta fé
Sou antes
um homem de dúvidas
de
dilemas
sem
dívidas para ninguém
mas que
tem um pouco de esperança
E só
tenho esperança
porque
vivo na incerteza
sinto as
minhas dores
e as dos
outros
sou dado
a amores
e vivo
angustiado
Por isso
rezo
e me
reveso
em
religiosidade
embora
não saiba onde mora a verdade
Amor e Deus
são a
mesma coisa
Deus
mora no meu coração
O Amor é
a Sua emanação
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
A Lei Maior do Amor
Aprendi
no muito
que amei e sofri
que o
amor e a alegria
assim
como a poesia
são
potenciados
se
partilhados
E que o expoente
da potência que os potencia
é igual
ao número daqueles
com quem
se partilha
Inversamente
a paixão
reduz-se
a dois
que se
não ousarem a mais alguém amar
acabarão
por se separar
e sofrer
depois
É por
isso lícito pensar
que sem
partilha não há amor
podendo,
embora, a paixão acontecer
E também
que se alguém ousar amar
a Humanidade
com todo
o seu coração
e por ela
se fazer amar
acontecerá,
então
a
Iluminação
Esta a
Lei Maior do Amor
que
aprendi
no muito
que amei
e sofri
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Este poema é para si
É
com alegria
que
lhe dou a ler
esta
banal poesia
que
escrevi
a pensar
em si
Você
é um ser único
sem
igual
Vive
aqui a meu lado
e faz-me
companhia
neste
mundo encantado
de
sonho e fantasia
no
qual
só
o amor é real
Em
si me vejo
e
revejo
porque
lê o que escrevo
embora
eu não saiba se sente o que eu sinto
e se
pensa o que eu penso
ainda
que sinta e pense bem
Por
isso lhe sorrio
e lhe
envio também
este
abraço
sem
embaraço
e
lhe expresso amizade
de
verdade
Obrigado
portanto
por
comungar
e
partilhar
este
meu encanto
Vale
de Salgueiro, domingo, 25 de Julho de 2010
Henrique
António Pedro
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