Quereria ficar ela
eternamente
sentados
na fraga
debruçada sobre o lago
em que
costumávamos namorar
em silêncio
em silêncio
abraçados
ao luar
Nas encantadas
noites de Verão
quando o nosso
lema era
apenas:
«Amor e solidão»
Ficávamos de amor
abraçados
sós
e em silêncio
abandonados
em toda a
amplidão do Universo
que em verso
se abria em nosso
coração
Agora que estamos
afastados
de amor apartados
continuamos sós
em toda a
dimensão do Cosmos
que se fechou em
nosso coração
Mas eu continuo a
querer ficar com ela
eternamente
sentados
na fraga
debruçada sobre o lago
em que
costumávamos namorar
abraçados
em silêncio
em silêncio
ao luar
Por isso escrevi
esta poesia sem alegria
que é um estátua
viva de saudade
esculpida na
própria fraga
debruçada sobre o
lago
em que
costumávamos namorar
abraçados
em silêncio
em silêncio
ao luar
Estátua que ali vai ficar erguida
a gritar
para a eternidade
esta dor
sem remissão:
para a eternidade
esta dor
sem remissão:
“Saudade é amor e
solidão”
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